terça-feira, 31 de agosto de 2010

Monareta: O fenômeno da Monark



Um dos grandes sucessos da Monark foi a Monareta. Esta célebre bicicleta teve seu nome inspirado num famoso ciclomotor da Monark dos anos 1950 e 60. Teve seu início de fabricação em meados dos anos 1960, quando obteve sucesso relativo de vendas. Seu nome era Monareta Gemini, seu desenho era bastante diferente das Monaretas mais comuns que conhecemos hoje, pois seu quadro era de desenho semelhante aos da Caloi Berlineta, porém de estrutura mais fina e na parte inferior, próximo à caixa da coroa, se apresentava um tubo, que ligava as duas extremidades, e a garupa era destacável do quadro e possuía a semelhança com as de outros modelos Monark de aro 28 da época. No entanto, foi no início dos anos 1970, quando já adotava um novo desenho, que a Monareta começou a alcançar o sucesso de vendas.
De desenho bastante agradável e atual, agradou em cheio ao público jovem, e começou a incomodar a concorrência (Caloi). Este modelo teve algumas versões de acabamento, entre as quais a série Centauro, Águia de Ouro, Olé 70, além de oferecer a comodidade do modelo Dobramatic, que permitia ao seu proprietário dobrá-la, facilitando seu transporte em viagens, por exemplo. Em 1973, focando o público adolescente, foi lançado no mercado a série Brasil de Ouro - Jet Black, que possuía pára-lamas e cobre corrente cromados, entre outros acessórios.Em 1976 sofreu nova reformulação no desenho, mais sensível na parte traseira (garupa), que deixava de lado o desenho retangular para adotar um desenho com um ângulo reto de 90º, que agradou em cheio ao público. Com este desenho teve início diversas versões, como a Kross Standard e Kross II luxo (de desenho diferente).
A Kross Standard tinha o garfo duplo (semelhante aos da nova Berlineta), com dois "cachimbos" mais um guidão bem longo, que davam um toque esportivo, com jeito de Shopper ao modelo, além do pára-lama traseiro mais curto, com um pequeno pára-lama plástico na sua extremidade (soleira).
O modelo Kross II tinha a traseira curta (que serviu de inspiração para donos dos outros modelos de Monareta cortarem o quadro na garupa), garfo igual ao modelo Kross anterior, mais com guidão diferente, composto de duas peças (também semelhante ao da Berlineta). No início dos anos 1980 sofreu uma nova mudança no desenho, também mais destacado na garupa, além de um novo guidão e novo desenho na caixa da coroa. O modelo 82 oferecia um novo acabamento, onde os pára-lamas eram cromados. Entretanto, esta nova versão não obteve êxito e voltou ao padrão anterior, onde os pára-lamas vinham com um tom diferente (mais claro) em relação ao Quadro.
Em 1989, a Monareta já não tinha mais a vitalidade de antes, ao passo que o mercado já oferecia novas tendências que agradavam mais ao público e teve o fim da sua fabricação. No entanto, até os dias de hoje ainda é possível ser visto rodando muitos modelos, devido a sua destacada qualidade estrutural.

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